sexta-feira, 12 de março de 2010

Elas são eles ou eles são elas.

               Parece que o discurso da diversidade sexual está engajado. Há algum tempo é fácil notar a inserção de debates e personagens homossexuais (ou não) na TV brasileira. Todo mundo que tem algum senso de informação tem como exemplo atual os personagens do BBB10, que figuraram os “coloridos”. A apresentação de pessoas marginalizadas perante a sociedade é uma receita de inclusão, talvez uma maneira sutil de tornar familiar a diferença. Estamos mais próximos de uma conscientização ou essa tendência está invadindo o que antes era restrito? Para alguns o discurso de defesa pode ser gratificante, mas para a maioria se torna discussão.
              A maneira mais inteligente de entender essa estratégia não é a de reprimir, isso é evidente, mas sim procurar compreender os benefícios que essa inclusão pode ter. Porque existe essa diferença toda? Se já vimos há alguns séculos que diferenciar seres humanos foi a maneira mais idiota de atrasar o convívio.
Senhores e servos, índios e colonizadores, brancos e negros, clero e nós, homens e mulheres, homo e heteros, EUA e Cuba (agora é o Irã). Que mania de dividir tudo, de colocar uma parede imaginária no que está muito próximo. Pode ser que a ideia de união seja muito radical, aliás, as diferenças realmente definem a cultura de um povo. O que não faz as peças se encaixarem nessa exclusão é a ignorância, quando não se respeita o próximo, um principio básico ensinado por mestres que atendem por nomes de Jesus, Ghandi, Madre Teresa, Dalai Lama, Michel Jackson e outros por ai.
               Todo esse discurso que me trouxe hoje aqui é apenas para dividir uma coisa que descobri com os novos personagens da TV. Em nenhuma momento oportuno da humanidade é capaz de esclarecer o que virá pela frente, quais serão as novas divisões, mas sim sempre surgirá o novo. Isso alimenta aqueles que querem detalhar e encontrar saídas para medidas absurdas. Judeus que sofrem hoje, não sofreriam caso tivéssemos a consciência de como somos todos perfeitos, não apenas os arianos. Isso vale para gregos e troianos, palestinos, árabes, Hugo Chávez, irmãos mais novos, sem terra e outros que se sentem divididos.
                 O que eu descobri hoje é que além dos nomes pejorativos viadinho, marica, boiola, morde fronha, os homossexuais tem um complexo de definições que não cabem em um único texto. E daí a importância de deixar a ignorância de lado e procurar entender o que leva as pessoas a serem diferentes na igualdade carnal. Mas vou apresentar um tópico para quem quiser procurar mais, trata-se dos Crossdresser (no meu melhor inglês, “Vestir-se ao contrário”). O termo "Crossdresser" foi importado para o Brasil em 1997. Nos Estados Unidos e Europa este termo é muito comumente utilizado e ajuda a diferenciar a fantasia de usar roupas do sexo oposto das opções sexuais de cada um. Realmente não é tão simples explicar o que significa o crossdressing já que existem diversas teorias e estudos sobre o assunto, mas geralmente confundidas com as travestis ou com as drag queens, em virtude do fator comum que é o uso de roupas femininas, as CD´s, entretanto apesar de todas as afinidades, possuem características próprias e intransferíveis, relacionadas diretamente com o trânsito possível entre os universos masculino e feminino.
               O que fica difícil no momento é saber se aquela pessoa que encontro na rua é um ou outro (ou outra). Quem sabe depois que as pessoas aceitarem os marginalizados, possamos agrupar uma definição e desistir de tantos termos. Por enquanto, proponho o entendimento, aliás, ninguém sabe o que um filho será amanhã.

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