terça-feira, 4 de janeiro de 2011

I'll Be Back - O ausente não têm razão

Depois de muito tempo sem escrever nesse blog, estou retornando para apresentar novos pensamentos. Atualmente estou trabalhando com a miscelânea da política e pretendo iniciar uma discussão comigo mesmo sobre o que é política. Diferente do que aprendi no trabalho, ou do que a maioria entende por essa conquista democrática, a política necessita de um entendimento a fundo para que a população possa desfrutar dela por inteiro.

 Devemos conclamar as pessoas a se interessarem pela política do cotidiano ou estaríamos diante de algo, um momento de saturação do que já conhecemos e maturação de novas formas de organização social e política?

Pretendo apresentar um debate inspirador sobre os rumos da política na sociedade contemporânea. Acredite, não será um papo chato, é exatamente essa a intenção dos textos, mostrar que todos temos responsabilidade para com a política.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Exclamação escarrada

              É impressão mas já está chegando o meio de 2010? Um ano em que se esperava a inovação e como não poderia ser diferente nos surpreende, com alguns tremores e anseios de mais um ano que se passa voando. Quando se espera um novo ano, coloca-se em prática a tentativa de distribuir em uma mesa grande o que fizemos e o que deveríamos ter feito no ano que passou, é até fácil contar nos dedos aquelas que a gente realmente já colocou em prática. Dietas, empregos, exercícios, fumo, quem já começou a mudar? Em alguns casos evitamos pensar nos erros, mas é nessa hora, que centramos a sensação de que podemos melhorar, basta começar.
              Dentre os projetos idealizei esse blog, que começou bem das pernas e já se demonstra cansado de caminhar. Não é muito diferente de outras coisas que começamos e sempre temos a sensação de que está longe de chegar ao limite satisfatório, porém a língua já esta ofegante. Alguém ai desistiu da academia? Ou estava ficando com alguém e enjoou? Está com preguiça de ir à aula? Cansado do sol? Irritado porque está chovendo direto? Essa é uma mania humana de reclamar do que nem se concluiu ainda.
              Como diria um bom escoteiro, está na hora de fazer uma boa ação no ano de 2010. Alguém ai já fez? Lembro que já passei alguns apuros por não ter feito isso antes das reuniões dominicais do Grupo de Escoteiros São Francisco de Assis, onde quem não tinha registrado uma travessia idosa de avenida pagava prenda lavando a sede. Que maneira mais delicada de ensinar a ser gentil.
               Sem sentindo o que estou escrevendo? Pode ser, mas como o jeito era pensar e ter opinião. A proposta é que os interessados escrevam o que precisam ainda fazer para não deixar que 50% do ano vá embora sem nenhuma coisa notável a ser feita. Aliás, duvido que você apagou a luz no último dia 27 de março na ação global “Hora do Planeta”. Já que não tem tempo para o mundo, cuide de você e da pessoa que tropeça todos os dias no mesmo dedão que dói agora.
               2010 não vai só até a copa do mundo. Mas até o Natal encho o saco.

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Suicídio dos Nardoni"



            O caso Nardoni volta as manchetes depois de dois anos do acontecimento. Agora o que está em pauta é o inicio do julgamento e quem sabe uma reviravolta do caso. Se você ligar a TV nesse exato momento vai saber que no fórum de Santana, na cidade de São Paulo, o foco de uma novela que está a mais tempo no ar do que Irmãos Coragem. Dizem por ai que o negócio vai ser o mais representativo julgamento dos últimos anos. Na verdade discordo, pois acho que Odete Roitman foi o estilo criminalístico mais marcante até hoje.
            Como todos nós somos bons treinadores de futebol, roteiristas de novelas, defensores públicos e de acusação, vou analisar o que esse caso da menina Isabela vai surtir efeito. A revolta já está instaurada, o senso comum se pudesse já tinha mandado o casal para a forca há muito tempo. Mas depois de compreender as massantes noticias de quantas garrafinhas d água vão estar disponíveis no julgamento, noto que existe uma possibilidade do casal sair ileso dessa acusação. Uma vez que o promotor tem em mãos o trunfo dos laudos da Policia Científica de São Paulo, mas nenhum deles tem como conclusão algo descrito “caso afirmado”, ou seja, todos eles são suposições e não conseguem definir se realmente o sangue encontrado no carro, ou na casa, seja um ferimento no dia do acontecimento. Pode parecer apenas um detalhe, mas para o mundo do Direito, qualquer prova concreta é decisória.
            Queria que a equipe do CSI:Miami estivesse nesse caso, para evitar algum tipo de injustiça. Aliás, essa palavra é tão falada e nunca vamos entender o sentido do antônimo - Justiça. Será que um pai e uma madrasta, recheada de fotos sorrindo e de um passeio divertido captado por câmeras do supermercado, iria realmente jogar uma menina pela janela? Se realmente isso foi feito, tenho dó deles, porque um dia eu pulei um muro quando criança e fui à casa do vizinho, lá tinha uma galinha e um monte de pintinhos, pisei em 3 deles, na maldade mesmo. Não tive nenhum julgamento televisionado, mas até hoje convivo com essa culpa, imagina a cabeça desses dois então

quarta-feira, 17 de março de 2010

Temor a falsos deuses


           Ontem fui assaltado, perdi objetos pessoais, fui humilhado. Pior do que a minha sensação de derrotado, deve estar a cabeça de quem me fez essa atrocidade.
            O olhar de ódio, de último segundo, é a única coisa que posso me recordar desse fato.

            Gostaria de entender o motivo de tanto rancor nos olhos de duas crianças. Talvez eu estivesse vestindo roupas completas, enquanto eles, apenas trapos.
            Fui vítima da conseqüência de programas de governo inoperantes, da falta de educação, da ausência de oportunidade.
            Por um instante, achei que iria morrer, assim como um bife é partido para o almoço. Bife? Almoço?, essas pessoas não sabem o que é comer, se eu tivesse um chocolate no bolso, com certeza, eu conseguiria negociar minha vida por esse doce, de tamanha ignorância que nosso Brasil juvenil está passando.
            Conseguistes deitar em  paz na consciência? Não posso afirmar se teve uma boa noite de sono, pois talvez nem cama tenha e travesseiro seja acessório de luxo.
            Estive na hora errada, no lugar errado, com a cara limpa de sempre. Perdi coisas de valor, perdi a paz momentânea, perdi, e afirmo, não foi só eu quem perdeu.
            Que Deus tenha compaixão dessas pessoas, pois infelizmente a justiça não será feita pelas minhas mãos, já que, estou ocupado demais, estudando, trabalhando, comendo. Enquanto eles, devem estar fora da escola procurando outro jeito fácil de vencer essa luta de vida.
            Enquanto jovens usam da força medieval para suprir suas necessidades, eu me volto ao refúgio de viver, sob chaves, trancas e alarmes, sem perspectiva de ver o movimento da rua, pois lá fora, parece que nem Deus sabe mais o que faz.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Tensão Pré Manhã

O casal começa um diálogo matinal.

H - Bom dia querida. Que dia lindo hoje.

H - Querida? Aconteceu alguma coisa? Porque essa carinha fechada.

M - Nada.

M - Quer que eu prepare um café da manhã pra você?

H - Docinhooooo, estou falando com você.

 M – Me deixa quieta, tem como?

Cozinha

H - Vou preparar um suco de laranja e um mexido de ovos para começar o dia 100% energia.

H - Deixa eu ver as notícias de hoje no jornal, hum, tem rodada do brasileiro nessa semana. Beleza.

M - Eu sabia, você está ai no bem bom, nem um pão com manteiga preparou pra mim, seu egoísta.

H - Mas meu bem, perguntei se você queria, mas você não disse nada.

M- É sempre assim,  faz mais de dois anos que você não me dá flores. Aiiii que raiva, você faz muito barulho quando come. E para de fazer essa cara de quem não está entendendo nada.

H-  Sabe de uma coisa, vou me vestir e ir trabalhar, você está doida.

No quarto de volta.

M- Me desculpa amor, estou nervosa, eu te amo, não fica bravo comigo. Ta

H- Tudo bem. Acho que você precisa de um jantar romântico hoje a noite, vamos?

M- Hummmm, quero.

H – Daí você coloca aquela lingerie vermelha que você tem.

M-  Ta vendo, vocês homens são todos iguais, insensível, só pensam nisso. Ai que ódio.

H- Deus me ajude a entender essa mulher. Sou mais uma vítima dos ovários dela.

M- Aaaaaaaaaaahh, para de falar assim da minha TPM, seu grosso.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Elas são eles ou eles são elas.

               Parece que o discurso da diversidade sexual está engajado. Há algum tempo é fácil notar a inserção de debates e personagens homossexuais (ou não) na TV brasileira. Todo mundo que tem algum senso de informação tem como exemplo atual os personagens do BBB10, que figuraram os “coloridos”. A apresentação de pessoas marginalizadas perante a sociedade é uma receita de inclusão, talvez uma maneira sutil de tornar familiar a diferença. Estamos mais próximos de uma conscientização ou essa tendência está invadindo o que antes era restrito? Para alguns o discurso de defesa pode ser gratificante, mas para a maioria se torna discussão.
              A maneira mais inteligente de entender essa estratégia não é a de reprimir, isso é evidente, mas sim procurar compreender os benefícios que essa inclusão pode ter. Porque existe essa diferença toda? Se já vimos há alguns séculos que diferenciar seres humanos foi a maneira mais idiota de atrasar o convívio.
Senhores e servos, índios e colonizadores, brancos e negros, clero e nós, homens e mulheres, homo e heteros, EUA e Cuba (agora é o Irã). Que mania de dividir tudo, de colocar uma parede imaginária no que está muito próximo. Pode ser que a ideia de união seja muito radical, aliás, as diferenças realmente definem a cultura de um povo. O que não faz as peças se encaixarem nessa exclusão é a ignorância, quando não se respeita o próximo, um principio básico ensinado por mestres que atendem por nomes de Jesus, Ghandi, Madre Teresa, Dalai Lama, Michel Jackson e outros por ai.
               Todo esse discurso que me trouxe hoje aqui é apenas para dividir uma coisa que descobri com os novos personagens da TV. Em nenhuma momento oportuno da humanidade é capaz de esclarecer o que virá pela frente, quais serão as novas divisões, mas sim sempre surgirá o novo. Isso alimenta aqueles que querem detalhar e encontrar saídas para medidas absurdas. Judeus que sofrem hoje, não sofreriam caso tivéssemos a consciência de como somos todos perfeitos, não apenas os arianos. Isso vale para gregos e troianos, palestinos, árabes, Hugo Chávez, irmãos mais novos, sem terra e outros que se sentem divididos.
                 O que eu descobri hoje é que além dos nomes pejorativos viadinho, marica, boiola, morde fronha, os homossexuais tem um complexo de definições que não cabem em um único texto. E daí a importância de deixar a ignorância de lado e procurar entender o que leva as pessoas a serem diferentes na igualdade carnal. Mas vou apresentar um tópico para quem quiser procurar mais, trata-se dos Crossdresser (no meu melhor inglês, “Vestir-se ao contrário”). O termo "Crossdresser" foi importado para o Brasil em 1997. Nos Estados Unidos e Europa este termo é muito comumente utilizado e ajuda a diferenciar a fantasia de usar roupas do sexo oposto das opções sexuais de cada um. Realmente não é tão simples explicar o que significa o crossdressing já que existem diversas teorias e estudos sobre o assunto, mas geralmente confundidas com as travestis ou com as drag queens, em virtude do fator comum que é o uso de roupas femininas, as CD´s, entretanto apesar de todas as afinidades, possuem características próprias e intransferíveis, relacionadas diretamente com o trânsito possível entre os universos masculino e feminino.
               O que fica difícil no momento é saber se aquela pessoa que encontro na rua é um ou outro (ou outra). Quem sabe depois que as pessoas aceitarem os marginalizados, possamos agrupar uma definição e desistir de tantos termos. Por enquanto, proponho o entendimento, aliás, ninguém sabe o que um filho será amanhã.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Vai entender o futebol

   Já fui logo avisando que não contasse comigo no domingo passado porque era a terceira rodada da Copa do Brasil, importantíssima.
- Mas o campeonato já não acabou? Eu vi na televisão a festa do campeão.
- Não o que acabou foi a primeira fase do campeonato estadual, o Botafogo, ganhou a Taça Guanabara, venceu o Fluminense e foi para as cabeças.
- Foi para onde? Eu estou falando de um time preto e branco.
- Corinthians.
- Tem Gama? Não, é um de São Paulo.
- Ah, o Conrinthians. Ele foi campeão ano passado e é líder esse ano.
Ela pensou um pouco.
- Então por que ainda tem jogo?
- É que é por pontos corridos.
- O que é isso?
- Quem faz mais pontos ganha, não viu o Flamengo no brasileiro?
- Mas não foi o Corinthians que ganhou?
- Esquece
- Não, é que eu quero entender. Sempre foi assim? Já tem campeão e o campeonato continua?
- Meu anjo, é que tem que começar outro campeonato, no brasileiro e ainda têm vários jogos para classificar cinco na Taça Libertadores, que é um campeonato sul-americano.
- Mas o Sul-Americano já não acabou? O Internacional ganho outro dia? - Você ficou aí assistindo até meia-noite e meia. Vê se isso é hora de jogar futebol. Foi sempre assim? Há essa hora?
- Não, é outro campeonato sul-americano. Outro.
- Quer dizer que têm dois campeonatos sul-americanos? Por quê? Sempre foi assim?
Eu não sabia o porquê, então mudo de assunto
- Além do mais, existem outros campeonatos que decidem quem vai cai para a série B. Série B é aquela que o Vasco já foi campeão.
- Mas você disse que foi outro campeão em São Paulo da série A e tem série B. Sempre foi assim? Quantas divisões têm?
- Olha, antigamente era primeira divisão, segunda divisão, terceira divisão. Agora, é série A, série B, série C. Sei que é um pouco complicado. O Tupi, por exemplo, disputa a C-1. Entendeu?
- Parece resposta de teste de revista. Sempre foi assim? E quem vai cair para a série B, ou segunda divisão (viu como eu entendi?)?
- Pois então, já foi decidido e nesse ano tem que esperar o campeão.
- Como assim, você disse que já tem o campeão, aliás, um monte ai!
- Esquece.
- Assim, o campeão da segunda divisão, depois vai jogar com o Flamengo campeão da primeira divisão, para ver qual é a melhor divisão?
- Eu tentando manter a calma.
- Mas o Palmeiras não era da primeira divisão? Devia jogar agora com Cruzeiro que também é campeão, você não acha? E o Fla-Flu ainda existe?
- Existe, existe.
- Eu acho que não. Porque outro dia eu o vi na televisão o Galvão Bueno explicando que, se o Flamengo ganhasse de não sei quem, e o Fluminense perdesse de não sei quem, o Fluminense chegaria a final. Por que não joga então direto o Flamengo contra o Fluminense.
- Ai, ai.
- Peguei a classificação para tentar explicar a situação para ela. Ela ficou olhando a tabela atentamente. Achei que ela havia entendido tudo, finalmente.
- Que lindo que é a classificação agora! O que é esse monte de asteriscos? Olha que bonitinho. Foi sempre assim? Olha este, que gracinha, tem três asteriscos. São medalhas? O Ipatinga. É do Paraguai?
- E eu concluí que não é a mulher brasileira que é confusa. É o futebol brasileiro mesmo. E sempre foi assim.